E aí, galera que devora livros, maratona filmes e não vive sem uma boa trilha sonora! Se
você curte Blind Guardian cantando sobre a Terra-média de Tolkien, já sabe do que a
gente tá falando: a conexão mágica entre música, literatura e cinema! É impressionante
como uma história bem contada, seja nas páginas ou na tela, pode acender a faísca
criativa de um músico e virar um som que a gente não cansa de ouvir.
Desde clássicos do rock até o pop mais atual, passando pelo metal épico e pela MPB,
muitos artistas já foram buscar inspiração em seus livros e filmes favoritos. Às vezes a
letra conta a história toda, outras vezes pega só um personagem ou uma cena, e tem até
aquelas que só capturam o clima da obra. O resultado? Uma playlist que é pura cultura
pop!
Bora dar uma olhada em algumas músicas que nasceram dessa mistura de artes?
- Led Zeppelin – Ramble On (Inspiração: O Senhor dos
Anéis de J.R.R. Tolkien)
A Conexão: Antes mesmo dos filmes de Peter Jackson, o Led Zeppelin já estava
“viajando” pela Terra-média! Em “Ramble On”, Robert Plant canta sobre encontrar
uma garota e, no meio da letra, solta referências diretas a Gollum, ao Um Anel (“the
evil one”) e à escuridão de Mordor. Um clássico do rock encontrando um clássico
da fantasia! - Kate Bush – Wuthering Heights (Inspiração: O Morro
dos Ventos Uivantes de Emily Brontë)
A Conexão: Que estreia! Kate Bush tinha só 19 anos quando lançou essa música,
cantada do ponto de vista do fantasma de Catherine Earnshaw, implorando na
janela pelo seu amado Heathcliff. A voz aguda e etérea de Bush e a melodia
dramática capturam perfeitamente a atmosfera gótica e a paixão obsessiva do
livro. - Metallica – For Whom the Bell Tolls (Inspiração: Por
Quem os Sinos Dobram de Ernest Hemingway)
A Conexão: Peso e literatura! Essa faixa clássica do Metallica descreve uma cena
brutal do livro de Hemingway sobre a Guerra Civil Espanhola: a luta desesperada e
o massacre de um pequeno grupo de soldados republicanos numa colina. A
introdução com o baixo de Cliff Burton já te coloca no meio da tensão. - Iron Maiden – Rime of the Ancient Mariner
(Inspiração: A Balada do Velho Marinheiro de Samuel
Taylor Coleridge)
A Conexão: A Donzela de Ferro adora uma boa história! Aqui, eles transformaram o
longo poema narrativo de Coleridge num épico de quase 14 minutos. A música
acompanha a jornada amaldiçoada do marinheiro que matou um albatroz, usando
até trechos do poema original na letra. Épico define! - David Bowie – 1984 (Inspiração: 1984 de George
Orwell)
A Conexão: O Camaleão do Rock era fã da distopia de Orwell e até tentou fazer um
musical baseado nela. O projeto não rolou, mas a inspiração rendeu essa música (e
outras do álbum Diamond Dogs) que transmite o clima de opressão, vigilância e
paranoia do livro. “Beware the savage jaw of 1984!” - Muse – Resistance (Inspiração: 1984 de George
Orwell)
A Conexão: Décadas depois, o Muse também bebeu na fonte de Orwell.
“Resistance” fala de um amor proibido que desafia um regime totalitário, bem na
vibe da história de Winston e Julia. O álbum todo, aliás, tem essa pegada de
rebelião contra o sistema. - David Bowie – Space Oddity (Inspiração: 2001: Uma
Odisseia no Espaço de Stanley Kubrick)
A Conexão: De volta a Bowie! Lançada no mesmo ano em que o homem pisou na
Lua, “Space Oddity” foi inspirada pela sensação de solidão e maravilha do filme de
Kubrick. A música nos apresenta o Major Tom, um astronauta que se perde no
espaço, numa jornada melancólica e existencial. - The Ramones – Pet Sematary (Inspiração: O Cemitério
de Stephen King)
A Conexão: Hey ho, let’s go… pro cemitério maldito! Os Ramones escreveram essa
música especialmente para a adaptação do livro de Stephen King para o cinema. A
letra é direta ao ponto: “Eu não quero ser enterrado num cemitério de animais”. O
próprio King, fã da banda, pediu a eles pra fazerem a música. - alt-J – Breezeblocks (Inspiração: Onde Vivem os
Monstros de Maurice Sendak)
A Conexão: Uma referência um pouco mais sombria a um clássico infantil. Aquele
trecho repetido “Please don’t go, I’ll eat you whole, I love you so” (Por favor, não
vá, eu vou te devorar por inteiro, eu te amo tanto) é uma citação direta do que os
monstros dizem para o menino Max no livro (e filme) de Sendak. - Marisa Monte – Amor I love you (Inspiração: O Primo
Basílio de Eça de Queiroz)
A Conexão: Brasil na lista! Nessa música linda, Marisa Monte e Carlinhos Brown
misturam a leveza da declaração de amor com a leitura, feita por Arnaldo Antunes,
de um trecho denso e realista do clássico de Eça de Queiroz. Um contraste que deu
super certo! - Rush – 2112 (Inspiração: Anthem de Ayn Rand)
A Conexão: Rock progressivo e filosofia objetivista! A longa suíte que dá nome ao
álbum 2112 é uma adaptação conceitual da novela distópica de Ayn Rand, que
critica o coletivismo e exalta o individualismo. Uma viagem sonora e ideológica. - Blind Guardian – The Bard’s Song (In the Forest)
(Inspiração: Universo de J.R.R. Tolkien / Fantasia)
A Conexão: Tinha que ter! Embora essa música seja um hino mais geral aos bardos
e ao poder da música na fantasia (e um clássico absoluto nos shows!), o Blind
Guardian é REI em transformar a obra de Tolkien em metal. O álbum Nightfall in
Middle-Earth é inteirinho baseado em O Silmarillion. Mestres!
Que viagem, hein? É incrível ver como as histórias que amamos em livros e filmes
podem ganhar novas vozes e ritmos na música. E olha, essa lista é só a ponta do iceberg!
A boa notícia (ou aviso): A pesquisa rendeu TANTO material que ficou claro que dá pra
fazer uma Parte 2 e talvez até uma Parte 3 desse papo futuramente! Fiquem ligados!
Enquanto isso, conta pra gente: qual música inspirada em livro ou filme é a sua
favorita? Lembrou de alguma que ficou de fora dessa primeira leva? Deixa seu
comentário!